sábado, 30 de janeiro de 2010

Baja Terras d´el Rei renovada


Tavira recebe a 20 e 21 de Março a Baja Terras d´el Rei, segunda etapa do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno.

O Terras d´el Rei vai ter a sua quilometragem reduzida passando as verificações para o sábado de manhã, a super especial no período da tarde e uma etapa com 320 kms em linha no dia seguinte pela manhã, com a cerimónia de pódio a ter lugar no início da tarde de domingo.

Novidade ainda o facto do tempo utilizado na Zona de Assistência (ZA), intercalada no sector selectivo, contar para a classificação da prova. Voltamos, assim, aos primórdios do TT quando a paragem na ZA se pagava em tempo. Estas mudanças trarão uma redução dos números de pneus a utilizar, bem como na dimensão das equipas de assistência.

O CAA estuda ainda a melhor forma de oferecer condições especiais a todos os concorrentes que alinharem na Baja Terras d´el Rei, Baja Cidade de Beja/Montes Alentejanos e Baja CAAL.

Clube Automóvel do Algarve

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Baja Cidade de Beja a 8 e 9 de Maio


Um Alentejo diferente com a beleza da Primavera em pano de fundo e evitar os fortes calores de Setembro são os objectivos de uma mudança que vai poupar os pilotos e as máquinas de condições climatéricas adversas.

Com esta nova data, reforça-se igualmente o aspecto desportivo pelo que este evento contará com motos e quads, além de continuar, como em 2009, com autos e buggys. A capital do Baixo-Alentejo vê, assim, um reforço da sua importância no panorama do Todo-o-Terreno português.

O Clube Beja TT, organizador do evento, já está no terreno a estudar uma prova com um percurso selectivo de 300 kms em linha que se adequa à actual conjuntura económica.

A quarta etapa do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno estará integrada nas festas da cidade, aumentando a importância do evento na vida local e regional.

A Baja Cidade de Beja/Montes Alentejanos tem o apoio da Câmara Municipal de Beja, da Solverde - Casinos do Algarve e da Carmim – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz com os vinhos Terras d´el Rei e Monsaraz.

Clube Automóvel do Algarve

Rui Sousa/Carlos Silva, receberam Troféu José Megre


Rui Sousa e Carlos Silva receberam das mãos de Ricardo Megre o prémio referente ao Titulo Nacional Absoluto conquistado em 2004.

Numa louvável iniciativa da FPAK, foi criado o Troféu José Megre, uma forma de perpetuar a memória do lendário criador do Todo o Terreno de competição em Portugal.

Este prémio será atribuído todos os anos aos vencedores do campeonato nacional de TT, ficando os respectivos nomes gravados no Troféu único criado com a imagem de “marca” de José Megre. Dentro desta iniciativa a FPAK convidou todos pilotos e navegadores Campeões Nacionais de Todo o Terreno, para receber uma placa indicativa do resultado alcançado, registando assim a presença de um leque alargado de figuras no palco do Casino Estoril.

Para além destes prémios, todos os Campeões Nacionais foram distinguidos, assim como os segundos e terceiros classificados de cada disciplina. Dentro destes queremos destacar Hélder Oliveira, piloto que venceu o Memorial José Megre, feito completado com a participação na Equipa PROLAMA nas 24 Horas TT de Fronteira, assim como Nuno Matos e Jaime Cortes, foram coroados Campeões Nacionais T2, com uma ISUZU D-Max, preparada pela PROLAMA.

Enquanto é aguardada a agenda de participações da equipa em 2010, a azáfama é grande nas instalações de Vila Nova da Rainha, preparando o início da época desportiva.

www.prolama.com

Luz verde para a realização do Rally TT Vodafone Estoril-Portimão-Marrakech


Adeus Transibérico, bem vindo Rally TT Vodafone Estoril-Portimão-Marrakech. O desafio que o Automóvel Club de Portugal (ACP) projectou para uma prova diferente no âmbito da Taça do Mundo FIA de Ralis Todo o Terreno chegou a bom porto e suscitou o maior entusiasmo junto de todas as autoridades e patrocinadores envolvidos em mais uma grande organização internacional do ACP.

«Esgotado o formato do Rali Vodafone Transibérico, chegámos à conclusão de que era necessário lançar um novo e ambicioso projecto de forma a manter a posição de destaque que o nosso clube ocupa no panorama das grandes provas internacionais de TT», referiu Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal, que acrescentou “lançar uma nova competição para um território tão apelativo neste estilo de prova, como é África, faz todo o sentido e estou particularmente satisfeito por ter sido possível garantir os apoios indispensáveis a uma proposta desta natureza.»

O Rally TT Vodafone Estoril-Portimão-Marrakech disputar-se-à entre os dias 5 e 13 de Junho e para Orlando Romana, responsável pela organização, «a principal preocupação com a nova data da prova foi evitar a sobreposição com o Mundial de futebol, garantindo assim um índice máximo de retorno quer para as equipas quer para os patrocinadores. Estou certo de que isso vai ser conseguido e da nossa parte há muito que nos lançámos de braços abertos para este novo e entusiamante desafio.»

A prova terá quatro dias em Portugal e outros tantos em Marrocos, iniciando-se no Estoril, passando por Portimão, antes do embarque para Marrocos e está aberta a automóveis, motos e camiões. O projecto tem as suas linhas principais já traçadas e em breve equipas do ACP estarão no terreno para a elaboração defintiva do percurso da prova, que deverá rondar os 3 mil quilómetros.

As inscrições abrirão no próximo dia 1 de Fevereiro.

Fonte: todoterreno.pt

Tudo a postos para a abertura do campeonato de TT


Numa altura em que estamos a pouco mais de um mês da abertura do Campeonato de Portugal de TT, o Motor Clube de Guimarães tem tudo a postos para a sua 18ª edição do Rali TT Serras do Norte. Um percurso muito concentrado com cerca de 146 km percorrido por duas vezes pelos concorrentes, onde o prazer da condução está desde já garantido.

A zona de Podence (a povoação dos famosos Caretos de Macedo de Cavaleiros) será o palco da Super Especial com 7,8 kms, que também será percorrida por duas vezes, e a soma das duas passagens ditará a ordem de partida para o percurso selectivo, que terá o seu início e final no mesmo local.

O Inverno rigoroso não tem poupado as estradas da Região Transmontana, mas os Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros não se tem poupado em esforços para ter os pisos em muito bom estado, tal como vem acontecendo nas últimas edições desta prova.

A ZA será nas excelentes condições oferecidas pelo Parque de Exposições de Macedo de Cavaleiros, local onde volta a estar instalado o centro nevrálgico deste rali tt.
Como vem acontecendo, o Motor Clube de Guimarães preocupa-se com o público, e serão criadas várias zonas para o efeito ao longo do percurso selectivo.

As inscrições encerram no dia 10 de Fevereiro, e os preços são muito atractivos face aos anos anteriores.

Fonte: todoterreno.pt

Ruben Faria e Cyril Despres continuam juntos


Ruben Faria e Cyril Despres estiveram ontem em Lisboa para uma conferência de imprensa da equipa Red Bull KTM após a vitória do francês na edição 2010 do Dakar. Numa manhã solarenga mas bastante fresca, e depois de uma viagem de avião sem a companhia da sua bagagem, Cyril Despres não pôde desta forma mostrar aos jornalistas e fãs presentes na Doca de Santo em Alcântara o pesado troféu de vencedor da prova, que recebeu pela terceira vez no passado dia 15 de Janeiro em Buenos Aires, um dia depois do final de mais uma edição da mitica maratona, realizada pelo segundo anon a América do Sul.

‘Foi uma pena’ confidenciou o bem disposto piloto. ‘Queria que todos pudessem ver o troféu que conquistámos na Argentina e partilhar esse mesmo símbolo com os fãs portugueses, mas são situações que estão fora do nosso controlo.’ afirmou ainda Despres, depois de se ter socorrido da roupa casual da equipa pertença de Ruben Faria. ‘Felizmente que ele trouxe mais algumas peças com ele, porque tudo isso está na minha mala que não sei be monde está.’

Sem perder a boa disposição do gaulês, que esteve apenas por algumas horas na capital portuguesa, não deixou de visitar os famosos Pasteis de Belém ‘…fiquei maravilhado com os pasteis quando o Dakar partiu de Lisboa e sempre que venho até cá tento sempre ir lá comer um.’ Confidenciou igualmente Despres ao mesmo tempo que se revelava um apaixonado pelos azulejos existentes um pouco por toda a cidade.’São magnificos.’

De forma descontraída e bastante relaxado, Despres falou do Dakar que venceu há menos de duas semanas, como ‘…o resultado de um intenso e bem escalonado trabalho de casa. Para mim não existe a sorte de vencer e esta terceira vitória no Dakar é o reflexo do trabalho de uma equipa coesa e não se deve apenas a mim como piloto. Todos estiveram a 100% no seu papel dentro desta equipa e no final todos venceram.’

Em relação ao futuro, Despres não anunciou grandes novidades, referindo apenas que ‘…quero continuar a ter o Ruben na minha equipa não apenas no Dakar mas ao longo de todo o ano. No Dakar 2011 quero estar com ele ou então ficamos os dois em casa.’ Palavras de Despres que evidenciam o nível de cumplicidade entre os dois pilotos.

‘Pela primeira vez escolhi o meu mochileiro e posso afirmar que encontrei não apenas um piloto rápido mas também um excelente ser humano e isso é mais importante do que ter apenas um piloto rápido. O Ruben foi uma peça fundamental no resultado, como todos os outros e ele não foi 11º no final da prova, ele venceu, tal como o Team Red Bull.’

Para Ruben Faria o resultado final foi igualmente satisfatório e encara o futuro de forma tranquila, não se sentindo incomodado com o facto de ser segundo piloto da equipa. ‘Não vejo qual o problema. O que mais gosto de fazer na vida é andar de moto e neste momento estou a fazer isso mesmo, ao lado de um grande piloto e com uma grande equipa. Aprendi bastante neste Dakar e é isso que quero continuar a fazer. Sinto-me um felizardo porque faço aquilo que gosto, que mais posso pedir. Neste momento quero aprender para no futuro podes aspirar a vencer uma prova como o Dakar, mas tenho que seguir a ordem natural do processo de aprendizage, como o Cyril igualmente o fez anteriormente.’ revelou o piloto da Vodafone aos jornalistas presentes.

Quanto à continuidade com a equipa, Faria mostra-se naturalmente satisfeito com essa realidade. ‘É bom poder estar junto de pessoas com este nível de profissionalismo e empenho. Eles querem vencer tanto como eu e isso é muito bom.’
Com ambos os pilotos a evidenciarem o elevado espirito de grupo que existe em toda a equipa, a boa disposição foi uma constante ao longo da conferência de imprensa que ambos promoveram na capital portuguesa e o facto de em 2011 o Dakar poder rumar novamente ás pistas africanas ambos foram claros nas suas respostas.

‘Sentir novamente o que senti em 2008 depois de dez meses de preparação para a prova não quero.’ refere Despres. ‘Quero um Dakar com quinze dias, duro, com areia, pedra, lama, exigente sob todos os aspectos como aquele que tivemos em 2010. Se a organização o assegurar, o Dakar pode ser em qualquer parte do mundo.’ Opinião igualmente partilhada por Ruben Faria que reforçou ‘…o que gostamos é de competir de moto fora-de-estrada e é isso que queremos fazer, seja onde fôr. África tem uma outra magia, sem dúvida, mas queremos segurança e bons percursos, como os da Argentina. Se nos garantirem isso, vamos competir em qualquer parte do mundo, sempre juntos e para vencer. É para isso que lá estaremos.’

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

RF Competição celebra vice-campeonato na Gala dos Campeões da FPAK


Paulo Rui Ferreira e Jorge Monteiro recebem o troféu Memorial José Megre

A RF Competição celebrou o vice-campeonato conquistado em 2009 na Gala dos Campeões da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), onde Paulo Rui Ferreira e Jorge Monteiro receberam as taças do 2.º lugar do Campeonato de Todo-o-terreno na categoria T8, e ainda a distinção correspondente ao 3.º lugar do troféu Memorial José Megre.

Na Gala dos Campeões, que decorreu no passado sábado, dia 23 de Janeiro, foram entregues os prémios da época 2009 dos Campeonatos e Troféus Nacionais e Regionais de Automobilismo e Karting, e ainda foram distinguidas algumas personalidades e instituições ligadas ao desporto automóvel com os prémios Prestígio, Carreira, Dedicação e César Torres, instituído em honra do primeiro presidente da Federação.

O piloto Paulo Rui Ferreira, que subiu ao palco para erguer dois troféus salienta “a enorme honra que é estar num evento tão marcante e simbólico do desporto automóvel português, ainda para mais com a possibilidade de receber o prémio de 2.º classificado da nossa categoria, e o troféu Memorial José Megre, atribuído pela primeira vez este ano”.

A RF Competição, que se fez representar pelos seus responsáveis, Nelson Falardo e Rui Ferreirinho, assinalou nesta Gala um ano pleno de provas e desafios. “Encaramos esta noite acima de tudo como uma motivação para o ano que está a apenas a começar” refere Nelson Falardo, e acrescenta que “é também um agradecimento a todos os que nos acompanham nestas aventuras de estrada e terra, que nos apoiam e que, mesmo nos dias de muita chuva, ou de muito calor, como aconteceu em Beja, resistem e marcam presença no fim de cada prova”.

Os prémios da FPAK pretendem homenagear anualmente personalidades ou instituições que, através da sua actuação, como praticantes ou simplesmente adeptos dedicados e activos, tenham contribuído de forma significativa para o prestígio e desenvolvimento do desporto automóvel em Portugal.

A novidade da edição deste ano da Gala dos Campeões foi, sem dúvida, a atribuição das primeiras distinções do troféu Memorial José Megre, criado pela FPAK em homenagem daquele que foi o pioneiro, principal mentor e motivador do todo-o-terreno em Portugal. Este troféu é assinalado com uma peça única, em cuja base serão inscritos anualmente os nomes dos seus respectivos vencedores, a quem será entregue apenas uma réplica.

Paulo Rui Ferreira/Jorge Monteiro e Ricardo Porém/Manuel Porém fazem equipa 2010


As duplas Paulo Rui Ferreira/Jorge Monteiro e Ricardo Porém/Manuel Porém vão fazer equipa nas provas de todo-o-terreno, em 2010, embora em categorias diferentes, já que os primeiros se mantêm em T8, e Ricardo e Manuel Porém competirão em T2.

“A ideia surgiu de forma simples e com um conceito que nos parece fundamental, que é apoiarmo-nos mutuamente, já que somos assistidos pela mesma equipa de preparadores, a RF Competição”, explica Paulo Rui Ferreira, acrescentando que “vamos correr com as mesmas cores, e a PRF, empresa que dirijo, terá o maior orgulho em patrocinar o Ricardo nesta nova fase da sua carreira”.

A primeira prova da época para as duas duplas está agendada para Março, na Baja TT Terras D’El Rei, no Algarve, onde Paulo Rui Ferreira e Ricardo Porém estarão ao volante de duas pick up Nissan Navara.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Desafio ELF / Mazda 2010 com chancela FPAK


• Mais prémios, melhores condições e ... um título nacional
• A fórmula mais aliciante para correr com orçamento limitado
• Seis corridas, três das quais com transmissões em directo pela TV


Ao terceiro ano, o Desafio ELF / Mazda assume a idade adulta e passa a estar enquadrado pela entidade federativa, como o único Troféu monomarca para a temporada de 2010 de Todo o Terreno. Para além desta grande novidade, o Desafio ELF / Mazda 2010 aposta em mais prémios e em melhores condições para os que nele participarem.

Para competir no Desafio ELF / Mazda 2010 continua a ser necessário que o projecto seja apoiado por uma das várias concessões da marca nipónica, sendo que a Mazda Motor de Portugal assegura um desconto de 10% sobre o preço de venda na aquisição de uma BT-50 4x4, para ser utilizada neste projecto. A participação está, todavia, aberta a outros modelos da gama Mazda ou a viaturas com silhueta Mazda mas com a obrigatoriedade, em qualquer dos casos, do uso de motor Mazda (gasolina ou diesel), o que será verificado, em cada prova, pelos respectivos comissários técnicos.

Seis provas e muita televisão


Com seis provas agendadas, o calendário do Desafio ELF / Mazda 2010 é igual ao de 2009, sendo de destacar que as três provas internacionais, organizadas pelo ACP, contam com diversas transmissões televisivas, diversos directos e duas delas com acompanhamento internacional por parte do canal desportivo Eurosport.


Fórmula de sucesso


Para Jorge Natário, Director de Relações Publicas da marca japonesa “o acordo que conseguimos establecer com a FPAK é muito importante para nós, mas também o é para a modalidade. Queremos proporcionar condições muito interessantes a todos aqueles que queiram participar numa competição equilibrada e atractiva e que dispõem para isso de um orçamento bastante limitado. Apostámos em negociar com os organizadores e conseguimos, para as provas que não são internacionais, preços de inscrição de 600 euros, com tudo incluído (GPS e seguros) e no máximo o equivalente ao preço de inscrição dos T8 nas provas do ACP, sendo que o preço das 24 Horas TT ainda está a ser negociado. Aumentámos os prémios subindo a fasquia para 1.500 € por vitória em cada uma das provas e 7.500 € de prémio para o campeão. Serão contemplados com prémios monetários os oito primeiros de cada corrida e os cinco primeiros da classificação final. Estou em crer que desta forma, damos um excelente contributo para que possa haver uma maior adesão de particpantes”

A temporada de 2009 do Desafio ELF / Mazda foi um dos grandes motivos de animação das diversas corridas de todo o terreno em que os seus pilotos participaram e as 24 Horas TT Vila de Fronteira consagraram o jovem visiense João Pais, apoiado pela Auto Sueco Coimbra (ASC), depois de em 2008 a vitória ter pertencido à Equipa Mazda Açores TT Team de Bruno Oliveira, apoiado pelo concessionário RPF2. O duelo que os dois travaram em 2009 promete continuar, agora em 2010, mas tudo está em aberto para que outros nomes possam entrar também na disputa pelo título.


Classificação final do Desafio Elf/Mazda 2009:
1º João Pais (Auto Sueco Coimbra) – 59 pontos
2º Bruno Oliveira (RPF 2) – 45 Pontos
3º António Teixeira (Gomes&Leonardo) – 32 Pontos
3º Paulo Pinto (Xanauto) – 32 Pontos
5º Rui Lopes (Fino) – 16 Pontos
6º Nuno Barroco (Fino) – 10 Pontos
7º Pedro Costa (Xanauto) – 8 Pontos
8º Manuel Rosa (Xanauto) – 6 Ponto
9º Carlos Aires (Xanauto) – 5 Pontos

Toda a informação disponível em: www.desafioelfmazda.com

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dakar 2011 cada vez mais longe de Portugal


Agora que finalizou a edição de 2010 do Dakar, começa a aumentar a expectativa face ao que a organização deste rali tem para revelar face aos planos para 2011. Já há algum tempo atrás, que João Lagos, da Lagos Sport - o parceiro Português da ASO - disse, que uma vez que o rali regressasse a África , o ponto de partida voltaria a ser Portugal. Também outras vozes se manifestaram confiantes no regresso a Portugal, dando mais algum ânimo aos fãs.
No entanto esta hipótese , vai gradualmente perdendo força, e será realmente díficil que o rali regresse ao ponto de onde deveria ter partido em 2008. São múltiplas as razões para o efeito, começando desde logo pelo motivo que levou à anulação da prova há 2 anos atrás. De facto os problemas dos grupos armados na Mauritanea persistem, e a mais recente vitima destes grupos foi o Rali Budapeste Bamako, um rali de cariz solidário, e que nem mesmo assim irá além de Agadir. A Organização desta prova tinha previsto etapas na Mauritanea e no Mali, e foi forçada a anulá-las em virtude de um sério aviso emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Hungria. Com estes acontecimentos, fica descartada a rota mais tradicional do Dakar, cruzando as areias da Mauritanea rumo Dakar e logicamente também a partida de Lisboa.

Por outro lado, Etienne Lavigne já disse que recebeu convites da Tunisia, da Líbia e do Egipto para que o Dakar percorresse estes países, por norma muito mais seguros que os estados mais a sul. Além disso o tipo de pistas encontradas em toda esta região parece ser do agrado senão de todos, pelo menos de alguns pilotos. Existem mesmo quem indique como local provável de partida do Rali poderá ser uma cidade Europeia, mas bastante longe de Portugal.

A juntar aos dois factores atrás enunciados, temos ainda a firme vontade demonstrada quer pelo Governo do Chile, quer da Argentina em que o rali se mantenha nestas paragens. Nestas duas ultimas edições foi impressionante a adesão popular ao rali, e até em certa medida a adesão dos pilotos superou as expectativas, pois a distancia e os custos limitam muito as participações, pelo menos dos europeus. Também a exposição mediática de uma prova desta evergadura deixou entusiasmados os governantes, que logicamente agora não querem perder este trunfo que deu visibilidade mundial a ambos os países.

Segundo Lavigne, " Vai ser uma escolha terrível. Temos que meter sobre a mesa todos os elementos de decisão que nos permitirão saber o que vamos fazer no futuro. Os critérios de decisão serão os mediático, o número de participantes, e o impacto económico". Não deverá ser descurado pela organização a capacidade demonstrada quer pela Argentina, quer pelo Chile, em oferecer condições de segurança á prova, coisa, que dificilmente os países Africanos conseguirão rivalizar.

Fonte: todoterreno.pt

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Hélder Rodrigues faz balanço do Dakar na chegada a Lisboa


DE REGRESSO COM MUITAS EMOÇÕES NA BAGAGEM

No regresso a Lisboa depois de uma campanha de sucesso na mais dura maratona do todo-o-terreno, Hélder Rodrigues traz na bagagem muitas histórias e vivências para contar. Como não podia deixar de ser, o momento serviu para partilhar um balanço do Dakar 2010 em ambiente de festa.

Às primeiras horas da manhã desta quarta-feira (9h00), familiares, fãs e jornalistas marcaram presença no Aeroporto de Lisboa para receber o mais bem sucedido piloto português na edição de 2010 do Rali Dakar Argentina-Chile.

Um momento que o piloto Red Bull/TMN aproveitou para fazer um balanço da sua quarta participação na maior competição do todo-o-terreno mundial; “Regresso a casa com o sentido de dever cumprido e satisfeito com o quarto lugar da geral que alcancei. Como esperava foi um Dakar particularmente duro e extremamente competitivo, onde o meu nome sai claramente reforçado. Estou certo que subi mais um degrau e que a partir de agora vou figurar por direito próprio entre a lista de favoritos à vitória de futuras edições”.

Relativamente ao percurso, Hélder Rodrigues apenas lamenta “a reduzida percentagem de traçados de areia, um piso que aprecia muito”. Já no que toca aos momentos mais marcantes dos 9.000 quilómetros que percorreu por trilhos da América do Sul, o piloto de Almargem do Bispo destaca “a incrível afluência de público em quase todo o lado, a chegada ao dia de descanso com o segundo lugar da geral e o acidente do seu amigo Luca Manca”.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Carlos Sainz: "Precisas de ter objectos para os quais valha a pena viver"


Wolfsburg (18 January 2010). The fulfilment of a long harboured dream: Volkswagen factory driver Carlos Sainz won the 2010 Dakar held in Argentina and Chile. In this toughest test in motorsport worldwide the charismatic Spaniard celebrated, together with his fellow countryman Lucas Cruz, his very first "Dakar” victory in the automobile category for his country. An interview with "El Matador” about a great sporting victory, the future and a new Sainz generation.

What do you consider to be your greatest victory in your motorsport career?
Carlos Sainz: "That’s not so easy to answer. I’ve won two rally world championships and now the ‘Dakar’. In principle both are similar disciplines, however, at the same time completely different. And they are difficult to win. One thing is sure: the Dakar Rally is a great race of enormous importance in the sporting world. To have won this makes me extremely proud, particularly as I won it my way, and according to my understanding of this sport.”

How much experience is required to win a "Dakar”?
"The first thing you need is a car capable of winning. This I had this year with the Race Touareg, and I also had this last year. However, at that time unfortunate circumstances prevented victory. This year we did the job. After starting in cross country rallying in 2005 I first had to learn how to drive quickly and without making mistakes in deep desert sand. That I didn’t get bogged down in either 2009 or 2010 during the ‘Dakar’ shows that I’ve mastered this. For this experience counts.”

How much patience is required for a "Dakar” victory?

"When I switched to this discipline I had to work at staying patient. This is one of the big differences to sprint rallies. Throughout the entire rally, during the stages, even in the bivouac – you have to stay patient all the time. Particularly during the ‘Dakar’ it’s just not possible to ride your luck, the sport is way too complex for this. I think I’ve understood more and more each year.”

For tactical reasons this year it appears as if you deliberately refrained from winning stages, so as not to open the stage so often on the following day – what is actually a real disadvantage. Pure rationale?

"Indeed, it’s possible to have the impression that I wasn’t so focussed on taking victory on the day. Even so, to be honest I constantly gave my all, but on the odd occasion was unlucky with dust and punctures. In the second week this impression was justified: With the lead in our pocket we paid more attention to looking after the material, although my team mate Nasser Al-Attiyah got closer and closer by taking more risks. However, Volkswagen Motorsport Director Kris Nissen offered excellent tactical advice all the time.”

You are unbeaten up to now with your new co-driver Lucas Cruz. What makes the difference?
"Things went well from the beginning and we won the test rallies in Brazil and in the Orient. We have a good relationship with each other and Lucas does an excellent job. From the strategic point of view each victory was well driven. I think, if you take these statistics into consideration, we did our job very well.”

How would you describe your relationship to Lucas Cruz in and outside the cockpit?
"First and foremost Lucas is a first class co-driver and navigator. On top of this, he is rather a quiet person and always relaxed. With these character traits he complements me perfectly. He is highly professional and takes his job very seriously.”

The "Dakar” is also a team sport. Just how important is it to have a good team behind you?
"We discussed earlier that unless you have a car capable of winning it is impossible to win the ‘Dakar’. For me, this also includes the team that prepares the car. So, a real winning team. Being part of a fabulous team like Volkswagen makes me proud. The squad has developed continuously since I was signed five year ago. Every team member knows exactly what they have to do and are extremely professional in doing it. Even on smaller rallies everybody is focussed on winning. The result of this is the one-two-three in the ‘Dakar’ for which the team worked extremely hard and deserved.”

As driver how do you keep your motivation?
"I always tell myself: you have to win for your guys. Winning is the best motivation. The team is fully and entirely devoted to winning, and you can only reward this incredible performance by permanetly doing your utmost. It is a good feeling to repay the crew on my car, my engineer Gerard Zyzik and the management team under Volkswagen Motorsport Director Kris Nissen and Team manager Peter Utoft with a ‘Dakar’ win for their efforts.”

It was a great dream of yours to win the Dakar Rally. Have you now achieved everything in motorsport?

"In life you always need goals which are worth living for, which you have to work towards. If you achieve one of these goals, fulfil a dream, the relief is enormous at first. However, then you set yourself new goals again.”

What goals do you have for the future?
"With the ‘Dakar’ only just behind me I haven’t given this very much thought. However, I will certainly be getting together with Kris Nissen soon.” (laughs) "Perhaps Volkswagen will move into Formula 1 – that would be just at the right time for me ...”

For this there will shortly be other Sainz candidates. How important to you is the career of your son Carlos Jr., who will start automobile racing this coming season?
"First of all the career is important for him. He must want to do this sport for himself and not because I or somebody else must convince him. I can only support him to the best of my abilities, and this is by not supporting him too little, but also by not supporting him too much. Carlos switches from karting to automobile racing now within the Red Bull scheme. Racing is a completely different discipline to rallying. Luckily my advice can therefore only be general. He must learn the rest himself. It certainly won’t be easy for him, but at the moment he’s doing a great job.”

Fina Roman, a espanhola mais premiada do Dakar


• Conseguiu dois nonos lugares e dois títulos na categoría 6x6, nos seus quatro anos como navegadora do KH-7 Epsilon Team.

Fina Roman foi consagrada na trigésima segunda edição do Rally Dakar, como a espanhola mais premiada naquele que é considerado o raid mais duro do mundo. Esta almeriense de nascimento, mas residente na localidade gerundense de Pals desde há muitos anos, conseguiu ontem o seu segundo título na categoria de camiões 6x6 depois de terminar na nona posição absoluta, como navegadora do KH-7 Epsilon Team.

Para ela esta foi a sua quarta participação ao lado de Jordi Juvanteny e José Luis Criado, nos oito Dakar em que participou, seja em viaturas de assistência ou de competição.

Os que a conhecem descrevem-na como uma mulher de carácter, aventureira e muito competente na sua missão de navegadora. A paixão pelo Dakar vem do tempo em que conheceu o seu marido, Josep Mª Serviá, que lhe abriu as portas de África e da competição. A vida levou-os a inverter os papeis e “agora é ele quem me segue, já que está há três anos sem competir”, brinca.

O mundo das corridas começou para Fina há uma década, quando teve a oportunidade de ir nos veículos de assitência da equipa de Schlesser, primeiro como “mulher de, o que sempre envolve algum receio, ainda para mais numa equipa francesa quando, naquela altura, não sabia dizer uma palavra na sua língua, mas em pouco tempo fiquei bem integrada. Encantava-me tudo o que dizia respeito aos raides, aventura e competição e fui-me interessando cada vez mais, até que um dia o Jean Louis Schlesser me convidou para levar um carro de assitência”.

Fina colocou mãos à obra, aprendeu a falar francês, a navegar com um GPS e a intrepretar os road-book. Foi assim que descobriu uma faceta “que estava escondida dentro de mim e que fui desenvolvendo até que dei o salto”, em 2006, daquele que foi por três vezes o vencedor do Dakar, para passar a competir na categoria de camiões, como navegadora no Epsilon Team de Jordi Juvanteny e José Luis Criado.

Nessa primeira ocasião não conseguiu chegar ao fim devido a ter-se partido uma transmissão na Mauritânea. Em 2007 sucedeu algo parecido, mas muito antes, quando o Dakar não havia feito mais que pisar Marrocos. O primeiro êxito conseguiu-o em 2008, ao triunfar, juntamente com os seus companheiros, na categoria 6x6 do Dakar Series na Hungría, mas mais importante foi o título de campeões de seis rodas motrizes e o nono posto absoluto, conseguido no primeiro Dakar sul americano.

Este ano repetiu o resultado, na única competição em que participou, se bem que Fina não tenha estado de braços cruzados. Juntamente com o seu marido, esteve encarregue de preparar o road-book do Africa Eco Race durante dois meses, atravessando Marrocos, Mauritânea e Senegal. Não é um trabalho novo para ela, já que o tinha feito também no ano anterior.

“Agora quero regressar e passar algum tempo junto da minha família, porque entre uma coisa e outra, estive muito tempo fora de casa embora, para dizer a verdade, não me importava de recomeçar a corrida. Este Dakar foi muito duro fisicamente porque as etapas eram demolidoras, tanto para nós como para o camião. Pelo menos atingimos o nosso objectivo e sinto-me muito feliz por ter conseguido terminar uma corrida tão dura e pela forma como a enfrentámos. Os três formamos uma grande equipa”, comenta esta mulher ,orgulhosa do seu segundo título no Dakar.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Equipa Mitsubishi Brasil comemora o fim do Dakar 2010


A organização do Dakar ainda não definiu o local da edição de 2011

Depois de 17 dias, 14 especiais, 8.560 quilômetros, chegou ao fim hoje oficialmente, a 32ª edição do Rally Dakar. Dos 360 veículos que começaram a competição, apenas 180 chegaram ao fim. A maior baixa foi entre os carros, apenas 1/3 terminou a prova. A Equipe Mitsubishi Brasil, com o piloto brasileiro Guilherme Spinelli e o navegador português Filipe Palmeiro foi uma delas e subiu à rampa de pódio no Parque de Exposições La Rural, em Bueno Aires, por volta de 12h30min ( horário local) encerrando a boa participação no Rally Dakar 2010. A dupla ficou em 10º lugar na classificação geral dos carros, com Guilherme Spinelli sendo o melhor brasileiro da competição e Filipe Palmeiro, o segundo melhor português nos carros, atrás apenas de Carlos Souza, em sexto.

"Terminar um Rally como o Dakar, com as inúmeras variáveis, já é uma grande conquista. Terminar ainda entre os 10 primeiros, e em terceiro na categoria gasolina, atrás apenas do Carlos Souza que é super experiente e está no seu 13º Dakar, e do piloto da casa o argentino Terranova, é um resultado super expressivo. A navegação do Filipe foi perfeita, o carro teve um rendimento espetacular. Foi tudo perfeito"
, comentou Guiga Spinelli que recebeu o carinho da família na chegada a Buenos Aires.

"Estar com a família aqui foi maravilhoso, ela que sempre me apoiou, pai, mãe, esposa. Eu dedico este resultado a todas pessoas que estiveram ao meu lado o tempo todo. Desde quando eu aprendi a dirigir até o mais novo integrante da família, que é o meu filho. Ninguém conquista nada sozinho", completou Spinelli.

O navegador Filipe Palmeiro também acredita que o bom resultado é fruto do trabalho em equipe.

"É muito importante reconhecer e valorizar o trabalho de cada um da equipe, seja piloto, mecânico, engenheiro. Cada um que está aqui está fazendo o máximo de esforço possível e dando o seu melhor. Eu e Guiga sabemos o quanto foram duros estes 15 dias. Foram dias com o coração na mão, em que nada podia dar errado. Chegar ao final e da maneira que chegamos, super bem e entre os 10 primeiros é ótimo e estou muito contente", disse Palmeiro.

A ASO, organizadora do Dakar, ainda não definiu o local da próxima edição. Há uma movimentação para que o Rally volte à África, mas para isso a questão de segurança às ameaças terroristas precisa estar garantida. Se voltar para o continente africano, o Rally deverá ter etapas na Líbia, Egito e Tunísia. A outra possibilidade é mantê-lo na América do Sul, na Argentina e Chile.

"O dilema da organização é muito grande. O espírito do Dakar é na África, mas para o Rally voltar a ser disputado lá, precisa ser 100% seguro em relação ao terrorismo. Não pode haver outro cancelamento em função da segurança", disse o chefe da equipe JMB Stradale Dominique Serieys referindo-se a edição de 2008 ter sido cancelada por ameaças terrorista na Mauritânea.

"Na América do Sul, o Rally é muito bem recebido por todos. A organização está estudando qual será a melhor opção. Acredito que hoje é de 50% para cada lado"
, completou Dominique.

Enquanto isso, a Equipe Mitsubishi Brasil aproveita para relaxar, descansar e comemorar o resultado de 2010. Guilherme Spinelli volta para o Brasil amanhã (18/01), mesma data que Palmeiro retorna a Portugal. O Mitsubishi Racing Lancer segue para França de navio junto com os outros veículos que disputaram o Dakar. As cinco Pajero Dakar, da Mitsubishi Brasil, que serviram de apoio para a equipe JMB Stradale no Dakar 2010 retornam ao Brasil neste semana.

Carlos Sousa recebeu hoje o troféu para melhor equipa a gasolina


Ponto final na 32ª edição do maior rali do mundo. Após 15 dias de corrida e 4.806 quilómetros disputados contra o cronómetro, Buenos Aires consagrou hoje, ao início da tarde, os heróis do Argentina-Chile Dakar 2010. Naquele que foi o melhor ano de sempre das cores nacionais – Hélder Rodrigues foi quarto da geral nas motos – Carlos Sousa superou as melhores expectativas ao conquistar para Portugal um soberbo sexto posto da geral, sendo apenas batido por cinco carros oficiais. Hoje subiu ao pódio para receber o troféu correspondente à vitória no Grupo T1.1, aquele que consagra a melhor equipa do Dakar num carro a gasolina…

Com o sentimento de dever cumprido e enorme satisfação pelo resultado alcançado, Carlos Sousa deu hoje por finalizada a sua participação no Argentina-Chile Dakar 2010.
De regresso ao ponto de partida, o português recebeu ao início desta tarde, no complexo La Rural, em Buenos Aires, o troféu correspondente à vitória no Grupo T1.1 – a categoria que, por tradição, está reservada às equipas que utilizam viaturas 4x4 equipadas com motor a gasolina.

“Está longe de ser apenas um prémio de consolação. Após dois anos de ausência, chegar aqui e estar novamente ao nível dos melhores é algo importante e que me deixa muito orgulhoso. A questão do restritor e da caixa de velocidades é um facto que não posso ignorar, pois sabia que não podia cometer qualquer erro e tinha de dar o tudo por tudo a cada etapa. A minha motivação era ficar à frente dos outros, porque bater-me com os carros diesel das equipas oficiais era realmente impossível. Mesmo assim, e como alguém lembrou, deixei atrás de mim o vencedor e o terceiro classificado da última edição. Nada mau, pois não?” – questiona Carlos Sousa.

Antigo director desportivo da equipa oficial Mitsubishi, Dominique Serieys fez também questão de enaltecer o resultado do piloto português e também da equipa que passou a dirigir este ano: “Como previ desde o início, o Carlos (Sousa) foi o nosso piloto de ponta e aquele que, pela sua experiência, capacidades técnicas e ritmo, tinha as condições para fazer o melhor resultado para a equipa, isto apesar de guiar o carro mais limitado, o que é ainda mais de enaltecer. De resto, importa sublinhar que a JMB Stradale Off Road foi a única equipa do pelotão a colocar os seus cinco carros à chegada, respectivamente em 6º, 9º, 10º, 12º e 13º da classificação geral, no que tem ter de ser considerado um grande resultado para uma primeira participação”, sublinhou o técnico francês.

De regresso a Portugal já na próxima terça-feira, pelas 15h30, Carlos Sousa garante que não teve ainda tempo para pensar no seu futuro mais próximo: “Sinceramente, ainda não pensei no que vou fazer este ano em termos desportivos. O meu futuro é ainda como um papel em branco, mas é claro que fiquei muito satisfeito com a minha prova e com a reacção que algumas pessoas tiveram para comigo à chegada. Por exemplo, toda a equipa Volkswagen fez questão de vir dar-me os parabéns pelo trabalho que fiz… E também troquei algumas impressões com o Sven Quandt (patrão da equipa X-Raid) e o próprio Robby Gordon”, revelou o piloto.

“Mas apesar deste sinal de reconhecimento, nem eu sei se estou disposto a continuar e passar novamente por tudo aquilo que passei no passado. Gostei de fazer esta corrida e de chegar aqui sem pressões. Mas, neste momento, não sei qual será a minha decisão futura. A minha única vontade agora é mesmo regressar a casa, descansar e estar com a família”, concluiu o piloto após deixar o pódio em Buenos Aires.

Sainz e Cruz: uma forte força dentro do cockpit


Wolfsburg(17 January 2010). Two "Dakar” winners like chalk and cheese: The Volkswagen factory duo of Carlos Sainz and Lucas Cruz complement one another inside and outside the cockpit to form a strong, heterogeneous unit. The two Spaniards – the driver emotional and spirited, the co-driver calm and meticulous – took the trophy to their homeland for the first time in Dakar Rally history. Together with their team mates Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk and Mark Miller/Ralph Pitchford they secured a one-two-three for Volkswagen in the greatest challenge worldwide in rallying. In Argentina and Chile the Wolfsburg based brand therefore successfully defended its title after the Race Touareg became the first diesel powered automobile to win the desert classic in 2009.

For Carlos Sainz and Lucas Cruz a long harboured dream was fulfilled following their "Dakar” triumph. In front of enthusiastic spectators the two Spaniards were the stars for millions of fans along the rally route. "El Matador”, as Carlos Sainz is known by his fans, celebrated winning the world rally championship title in 1990 and 1992. With 26 individual rally wins and two world championships the 47-year old looks upon an extraordinarily successful WRC career. He finished the world championship eleven times in the top three. After switching to off-road rallying he won the FIA Cross Country World Cup in 2007. Before the 2010 "Dakar” the Madrilenian celebrated eight podium positions including four victories from 14 off-road rallies. The passionate footballer claimed his most important victory in a desert rally in his 15th cross country rally: the long desired "Dakar” victory.

Respected by opponents and team alike: Carlos Sainz

"Carlos Sainz is incredibly target oriented and works in an incredibly structured way,” says Volkswagen Motorsport Director Kris Nissen. "He brought a lot of experience from other leading teams to Volkswagen Motorsport. He shares his ideas and know-how openly with other team mates, everybody in the team respects Carlos for his nature and performance – even when it isn’t easy for the mechanics and engineers to be pushed permanently to the limits of their performance.”

With Lucas Cruz, Sainz has a new co-driver since last year. "Carlos is a real gentleman, whether he’s in or out of the cockpit,” says the Catalan from Ripollet close to Barcelona, who has won every one of the three rallies he has contested up to now with Sainz in the Race Touareg. "He is an exceptional driver and great character. To work with him is something special every day.”

Constructive cooperation as recipe for success

As different as Carlos Sainz and Lucas Cruz are in their appearance, the more constructive is their cooperation. During the Dakar Rally jointly working through the road book every evening is an integral part of the daily procedure. "It was important for us that Carlos had a feeling beforehand for the junctions and dangerous points expected during the following day,” says Lucas Cruz. "I think this was one of the secrets to our success in the 2010 ‘Dakar’.”

While "El Matador” Carlos Sainz approaches his work emotionally and spiritedly, the strength of his 35-year old wingman is found in his calmness. "To choose a Spanish speaking co-driver was a conscious decision,” says Carlos Sainz. "It’s quite simply an advantage to receive instructions in your own language, without having to translate it first in your head. This gives the last tiny piece of concentration. In addition, Lucas works meticulously and calmly and knows how to prepare perfectly for the forthcoming stages. I think the record of three wins in three rallies proves a point.”

With the precision of the calm: Lucas Cruz

His appearance within the Volkswagen team is rather inconspicuous. Lucas Cruz does not like to be the centre of attention, but in fact puts himself at the service of the team. "Lucas is a quiet person and anything but a hot-blooded Spaniard,” says Volkswagen Motorsport Director Kris Nissen. "He complements Carlos Sainz perfectly. Lucas works through his tasks in a concentrated and precise manner. The balance inside the cockpit between Lucas and Carlos is 100 per cent. In addition they also get on famously with one another outside the Race Touareg.”

Cruz has contested the Dakar Rally already for the second time with the Volkswagen factory team. In 2006 he completed the most important desert rally with the Race Truck. The Catalan had previously followed a career in both classic sprint rallies and also in off-road racing. Before he returned to Volkswagen he competed twice in the Dakar Rally for Mitsubishi. Together with his fellow countryman Joan "Nani” Roma the IT engineer clinched a top-ten position in 2009.

The language of the fans: Sainz/Cruz the stars in South America

In the exciting battle to the finish, staged with their Volkswagen team mates Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk, which the Spaniards finally won by a margin of 132 seconds, the support in Argentina and Chile clearly belongs to Sainz und Cruz. The factory duo in the Race Touareg with start number 303 was always at the centre of the media interest. Millions lined the route of the Dakar Rally. In addition to the driving and navigational skills, what they love about "El Matador” Sainz and his co-driver Cruz is the open manner. After winning the 2010 "Dakar” Sainz and Cruz are not only closer than ever before with their fans. The most recent victory has brought them even closer: To a strong unit in the Volkswagen cockpit.

Ricardo Leal dos Santos em contacto com equipa oficiais


Prova do piloto português não deixou indiferentes os Team Managers

A excelente exibição de Ricardo Leal dos Santos e Paulo Fiúza, ao longo das 14 etapas do Dakar Argentina Chile que ontem terminou, não deixou indiferentes os Team Managers das equipas BMW X-Raid e Mitsubishi JMB Stradale, que teceram rasgados elogios à capacidade manifestada pelo piloto de, com um carro claramente inferior aos das suas equipas, ter conseguido, de uma forma constante, posicionar-se entre os primeiros classificados desde o primero dia de corrida. O piloto reconhece a importância desses elogios e estuda já as hipóteses possíveis de dar o esperado salto na sua carreira desportiva.

“Sou um piloto jovem e acredito que posso evoluir ainda mais se tiver condições para o fazer. De uma forma muito profissional, mas extremamente limitada por ser um projecto 100% privado, acho que fizémos o máximo que era possível neste Dakar e superámos em muito os nossos objectivos. Para além disso a nossa regularidade permitiu-nos estar na prova de uma forma descontraída que deu para ajudar outros pilotos, como aconteceu com o Miguel Barbosa e agora mais no final com o Guerlin Chicherit”, salienta Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: “Para além disso a nossa corrida não deixou indiferentes os responsáveis de algumas equipas oficiais e eu não lhes escondi que gostava de ter a possibilidade de, num futuro próximo e particularmente no Dakar 2011, poder pilotar uma máquina mais actual e dentro de uma estrutura oficial. Sei que não é fácil, mas penso que a corrida que realizámos pode ajudar muito a dar esse importante salto. ”.

Futuro poder ser com esta equipa


Um dia depois de terminar o Dakar 2010 com uma fantástica vitória na especial de encerramento, que lhe valeu ser o único piloto português a vencer nesta edição do Dakar, Ruben Faria faz um primeiro balanço da prova, onde ajudou Cyril Despres a vencer pela terceira vez.

‘Claro que o balanço é positivo. Vim para este Dakar com o objectivo de ajudar o Cyril a vencer e isso foi conseguido. Durante quinze dias fomos nove pessoas a trabalhar com esse objectivo e o facto de estarmos no comando desde a terceira etapa mostra que o trabalho foi bem feito. Naturalmente que o mais importante foi o trabalho feito antes da prova, que ajudou a que tudo estivesse nas melhores condições para podermos atingir o objectivo a que nos propusémos.’

Um trabalho em termos de preparação da moto e de todos os meios necessários para vencer?

‘Sim. A moto foi preparada em termos de motor pela KTM, de forma a manter-se competitiva mesmo com o restrictor que teve ser colocado por força dos regulamentos. Mas a equipa, e especialmente o Cyril, trabalhou muito ao longo do ano 2009 no desenvolvimento dos novos pneus da Michelin que equiparam as nossas motos na prova. E ao contrário da concorrência, não sentimos qualquer problemas com eles e nem mesmo no dia em que o Cyril teve problemas com a suspensão dianteira ou quando tivemos que trocar as rodas das motos os pneus se queixaram, o que já não se pode dizer da concorrência, com todas as incidências que conhecemos.’

Crês mesmo que o Marc Coma trocou de roda?

‘Não quero alimentar essa questão. A organização encontrou provas para o penalizar e temos que aceitar isso.’

E como foi para ti, cumprires o papel de ‘mochileiro’?
‘Já tanto se falou sobre isso. Nos últimos anos quem foi o piloto que venceu a prova sem ter um ‘mochileiro’? Talvez apenas o Cyril quando ficou sem o Verhoeven e o Meoni nas provas africanas. O Marc Coma sempre teve ajuda, o Peterhansel sempre teve alguém atrás de si, como o Magnaldi ou o Castera. Para mim ter esta possibilidade foi acima de tudo uma grande escola, aprendi bastante ao estar ao lado do Cyril neste Dakar e não me afectou em nada estar em prova como segundo piloto. Fiz um Dakar bastante tranquilo, sem arriscar em demasia e sem qualquer pressão. Apenas tive que cumprir com o meu objectivo na prova e penso que isso foi perfeitamente alcançado. A vitória na derradeira especial foi como que uma prenda que recebi, depois do Cyril me ter dito na noite anterior que podia ir à luta pelo 11º lugar.’

Ele não precisava de ti na última especial?
‘Se ele tivesse problemas naturalmente que iría parar para o ajudar. Mas ele saíu muito antes de mim, por isso estava tudo controlado.’

Mas para quem precisava de ganhar 58 segundos ao Berglund acabaste por voar baixinho.

‘Tinha que ser. A especial era muito rápida, mesmo como gosto e a 690 continua a ser a moto mais veloz do plantel, como se viu ao longo da prova. Senti-me bastante à vontade e no final fiquei mesmo surpreendido quando vi que estavam todos à minha espera par aver quem tinha ganho.’

Não podias ter fechado a prova de melhor forma.
‘Acho que era impossível. O Cyril ganhou o Dakar pela terceira vez e eu venci a última especial. Ele estava quase tão feliz quanto eu. Foi espectacular.’

Muito se falou da maior competitividade das 450 face ás 690. Sentis-te isso?
'As 450 conseguiram ser mais eficazes do que anteriormente, mas não são ainda tão rápidas como as motos maiores especialmente quando é preciso andar mesmo depressa. Mas estão mais perto, sem dúvida, mesmo se a 690 continua a ser a raínha.’

Depois deste resultado, o teu futuro passa por continuares com o Cyril?

‘Neste momento é prematuro podermos pensar já no futuro. O Cyril ainda da prova falou-me nisso, mas deixei essas decisões para depois deste Dakar. Sinto-me bem com a equipa e penso que eles gostaram do meu trabalho, pelo menos o Cyril já o afirmou publicamente mais do que uma vez. Mas em breve irei naturalmente anunciar se vou continuar com a equipa ou se altero os meus planos para o ano de 2010. Quero fazer mais provas internacionais, e é isso que vou procurar na hora de tomar decisões.’

E quanto ao regresso do Dakar a África? Pensas que é possível?
‘Fala-se da eventualidade do regresso a África, mas neste momento nada está anunciado. Penso que lá para o final deste mês teremos novidades, mas por mim pode ser aqui ou em África. Adorei este Dakar em termos de paisagens e pistas, o Atacama é um deserto espectacular, tão exigente e bonito como a Mauritânia. E aqui na América do Sul nunca se fala em problemas de segurança, que ditaram a anulação do Dakar em 2008. Logo veremos.’

Ruben Faria regressa a Portugal amanhã, chegando a Olhão na terça-feira.

O KH-7 Epsilon Team revalida o título na categoria de camiões 6x6


• Jordi Juvanteny e José Luis Criado alargam o seu palmarés para oito triunfos. Para Fina Roman, a única mulher em camiões, esta é a segunda vitória consecutiva.

Antes de arrancar para a edição 2010 do Rally Dakar, José Luis Criado tinha traçado um objectivo muito ambicioso e difícil: melhorar o resultado do ano pasado. Não era uma tarefa simples dar sentido a essas seis palavras, porque isso implicava acabar acima do nono lugar na classificação geral e revalidar, é claro, o título de campeões na categoria 6x6.

Um ano depois o KH-7 Epsilon Team volta a conseguir o mesmo resultado: nono à geral e primeiro 6x6. Escapou o título de produção, por apenas 36 minutos, mas a satisfação dos três componentes da equipa é evidente. “Foi um Dakar terrivelmente duro, com muitíssima pedra e poucas dunas, que é onde melhor andamos. Furámos vários pneus, tivémos avarias pouco usuais, como foi o caso das fracturas na carroçaria. É quase um pequeno milagre termos terminado e que o tenhamos feito numa posição tão boa” assegura Juvanteny.

Tal como noutras ocasiões, Jordi Juvanteny, José Luis Criado e Fina Roman demonstraram que, com um camião quase de série, “com quase o dobro do peso e metade da potencia dos poderosos 4x4” é possível conseguir grandes éxitos.

A tranquilidade para a equipa apenas chegou no final da especial, como reconhece Roman: “Antes de começar o troço estavamos os três em silêncio, nervosos por saber que faltava tão pouco, mas que alguma coisa poderia falhar. Só para dar um exemplo, os travões bloqueavam cada vez que se travava, devido a toda a sujidade acumulada no sistema. Mas quando cruzámos a linha de chegada, libertámos toda a tensão. Estamos muito felizes pelo resultado, mas também muito cansados”.

Para a navegadora do KH-7 Epsilon Team, a única mulher na categoría de camiões, esta é a segunda vitória consecutiva, enquanto que Juvanteny y Criado já somam oito troféus, “o que constitui o mais elevado palmarés na divisão 6x6 em toda a história do Dakar e isso é um grande motivo de orgulho para nós. Estou feliz porque esta é uma boa maneira de celebrar a minha vigésima participação nesta grande maratona”, comenta Criado.

Quanto ao resultado da última etapa, Juvanteny, Criado e Roman terminaram em décimo lugar, a 17 minutos do vencedor.

Diário de Bordo de Filipe Palmeiro - 14ª Etapa


Diário de Bordo - 14ª Etapa

Finalmente acabou! A nossa missão foi cumprida! Chegamos ao final das 14 especiais inteiros, com o carro inteiro e ainda entre os 10 melhores. Aconteceu tudo da forma que planeámos.

Agora, podemos comemorar, relaxar e descansar. O Dakar é um Rally extremamente desgastante tanto físicamente quanto mentalmente, por isso, não podemos perder a concentração em nenhum momento. Qualquer descuido, pode deitar o Rally fora. Bom, mas agora é hora de relaxar com a sensação do dever cumprido! Essa realmente é uma das melhores partes.

Obrigado por todo o vosso apoio. Estou com saudades da família e de Portugal. Até à volta!

Um abraço,
Filipe Palmeiro

Ricardo Leal dos Santos triunfo magnífico entre os privados


Piloto português deixa segundo classificado a mais de 4 horas

Ricardo Leal dos Santos confirmou hoje, na derradeira etapa do Dakar Argentina Chile, o triunfo entre os pilotos que participam de forma privada nesta que é a maior competição mundial de todo o terreno. O triunfo, que o piloto do Pioneer Desert Team Delta Q foi consolidando a partir do início da segunda metade da prova, não deixa margens para dúvidas, já que a vantagem é superior a 4 horas. A capacidade que as máquinas oficiais têm de se renovar, etapa atrás de etapa, permitiu o registo de apenas dois abandonos, o Joan Roma (BMW) e Maurizio Neves (VW), ambos por acidente, pelo que o 14º lugar alcançado à geral, pelo piloto português, é notável.

“Estou de facto muito satisfeito. Nunca tinha feito um Dakar que me tenha corrido tão bem quanto este, mas eu e o Paulo trabalhámos muito para que isto acontecesse. Ao contrário do que possa parecer, não é nada fácil gerir uma corrida destas, de enorme dureza, conseguindo o equilíbrio entre os bons resultados e imperiosa necessidade de poupar a mecânica”, salienta Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: “Hoje fui mais uma vez penalizado pelo facto de ser privado. O Nicolas Misslin, da equipa Mitsubishi que ontem ficou atrás de mim, foi colocado a partir à nossa frente e diante dos camiões. Esta era daquelas etapas em velocidade, onde poderia ter terminado no Top 10, mas a ter de passar dois Kamaz, tal tornou-se numa tarefa impossível. Só fiz os derradeiros 40 quilómetros sem ter pó à minha frente e as ultrapassagens aos monstros estiveram longe de ser fáceis”.

Hoje é noite de festa em Buenos Aires para a dupla Ricardo Leal dos Santos e Paulo Fiúza que, amanhã, na distribuição de prémios irá saborear com pompa e circunstânica, esta importante vitória no Dakar

Vitória para Chagin e Marcos Patronelli na 32ª edição do Dakar


Numa edição em que não se pôde bem falar em disputa, nem entre os camiões nem entre os quads, houve vencedores e vencidos.

Nos camiões, os gigantes do deserto, a vitória da derradeira especial foi para o piloto da KAMAZ, Mardeev, seguido de Vin Ginkel a 2m04s, em 3º lugar ficou o piloto do LIAZ, Macik, a 2m20s do vencedor. Chagin ficou "apenas" em 4º,a 2m42s de Mardeev e a fechar o top5 ficou o seu colega de equipa, Kabirov, a 3m57s. Quanto à classificação geral Chagin foi o grande vencedor, saíndo deste Dakar com o recorde absoluto de vitórias em especiais do Dakar sendo o seu mais directo adversário Stephane Peterhansel com 55 vitórias, menos uma que o russo da Kamaz. Na 2ª posição ficou Kabirov, mais um elemento da armada KAMAZ que dominou por completo este Dakar ganhando todas as especiais sem excepção. No 3º lugar ficou Van Vliet a 10h43m do vencedor. A 4ª posição foi ocupada pelo piloto do LIAZ a 12h21m de Chagin e a fechar o top5 ficou o outro colega de equipa dos dois primeiros classificados, Mardeev, a 14h59m. De destacar que se este último piloto não levasse uma penalização de 5h, que lhe foi atribuída, a KAMAZ teria conseguido o pódio completo no final do rally.

Classificação Final

Nos quads foi Sonik a levar a melhor nesta última especial, ganhando 4m03s a Declerk e 7m46s a Halpern. Na 4ª posição ficou o espanhol Gonzalo Corominas a 17m45s do vencedor da etapa. Em 5º Alejandro Patronelli a 17m51s do piloto polaco. Quanto á classificação final desta 32ª edição do rally foi o piloto argentino Marcos Patronelli que venceu, tendo como mais directo adversário o seu próprio irmão, Alejandro. Estes dois irmãos conseguiram a primeira "dobradinha" de irmãos em toda a história do Dakar. Em 3º terminou o piloto espanhol Corominas que ficou já a 5h03m do vencedor. Na 4ª posição ficou o francês Declerk a 5h46m e em 5º o polaco Sonik a 5h50m do melhor dos irmãos Patronelli. De salientar também o facto de no top6 da classificação geral haver apenas uma "não-Yamaha".

Classificação Final

FOTO: Dakar.com

sábado, 16 de janeiro de 2010

Spinelli e Palmeiro terminam o Dakar entre os 10 melhores


Foram precisos 8.560 km para que o piloto Guilherme Spinelli fizesse história no Rally Dakar 2010. Em todas as 32 edições da competição, foi a primeira vez que um brasileiro conquistou um resultado tão expressivo na sua segunda participação no maior e mais perigoso Rally do mundo. A Equipe Mitsubishi Brasil formada por Spinelli e pelo navegador português Filipe Palmeiro terminou o Dakar 2010 no seleto grupo dos 10 melhores times na categoria carros. A dupla cruzou a linha de chegada da 14ª especial entre Santa Rosa e Buenos Aires, em 13º lugar, em 1h24min50s, completando o Rally em 10º na classificação geral dos carros com o tempo de 53h23min41s. O carioca Guiga Spinelli foi o melhor brasileiro na competição e Palmeiro o segundo melhor português nos carros, atrás apenas de Carlos Souza, também da Equipe JMB Stradale, que ficou em sexto na geral. Al Attiayah (CAT)/ Gotschalk (ALE) venceu os 206km da última especial, com 1h19min42s, porém o título de campeão ficou com os espanhóis Sainz e Cruz, que fizeram as 14 etapas em 47h10min00s.

"É sensacional conseguir terminar o maior Rally do mundo. Estou com a sensação de dever cumprido. Nós viemos para cá com o objetivo de terminar a competição. A nossa estratégia foi de fazer um Rally de 14 dias e não um Rally por dia. Queríamos muito chegar entre os 10 primeiros, o que acabou acontecendo", disse aliviado o piloto brasileiro Guilherme Spinelli.

Essa é a segunda participação de Spinelli no Dakar. No ano passado, ele fez a sua estreia mas teve um incidente na 6ª etapa e acabou não completando a competição. Em 2010, apenas 187 times sobreviveram até a última etapa da maior aventura off-road do planeta, entre eles a Equipe Mitsubishi Brasil. Das 151 motos que começaram a competição, apenas 88 largaram para a 14ª etapa, dos 25 quadricículos, 14 partiram de Santa Rosa, dos 134 carros, 57 foram em direção a Buenos Aires e dos 52 caminhões, 28 sobreviveram à disputa até o último estágio. Dos 25 brasileiros que largaram na primeira etapa, apenas seis chegaram ao final da disputa.

Concentração foi a palavra chave do início ao fim da 32ª edição do Dakar. Na última etapa, pilotos e navegadores encontraram pistas muito rápidas nos 206 km de trecho cronometrado entre Santa Rosa e Buenos Aires. A chegada da 14ª e última especial aconteceu em San Carlos De Bolívar e de lá, as equipes partiram para os 335 km de deslocamento final até à capital argentina. A última etapa teve 707 Km (166 km de deslocamento inicial, 206 km de especial e 335 km de deslocamento final).

"Andamos praticamente o Rally inteiro entre os 10 melhores. O Mitsubishi Racing Lancer foi excelente em todas as condições de terreno que enfrentamos. Foi impressionante o desempenho do carro. Estamos com 100% do objetivo cumprido, o carro está inteiro, nós também estamos inteiros e ainda terminamos entre os 10 melhores do mundo. Foi tudo como o planejado: perfeito!", comemorou Spinelli.

Na primeira competição internacional juntos, a dupla formada em outubro do ano passado, comemora o bom entrosamento dentro do Mitsubishi Racing Lancer.

"Estou bastante satisfeito com esta parceria. Eu e o Guiga nos demos muito bem dentro do carro. Foi uma experiência muito interessante e juntos fizemos um ótimo rally. Nossa estratégia deu certo e estamos mesmo com a missão cumprida", festejou Filipe Palmeiro, atual vice-campeão Mundial de Rally Cross-Country, que participou pela quarta vez do Dakar.

A dupla Spinelli/Palmeiro contou com o suporte de 50 pessoas da JMB Stradale, chefiada por Dominique Serieys. Este time francês é o maior vencedor da história do Dakar com 12 títulos, sendo sete consecutivos. Além do Mitsubishi Racing Lancer da Equipe MItsubishi Brasil, os outros quatros veículos da JMB Stradale foram pilotados pelos franceses Nicolas Misslin e Jean Polato, pelos portugueses Miguel Barbosa e Miguel Ramalho, pela dupla Orlando Terranova (ARG)/Pascal Maimon (FRA) e por Carlos Souza (POR)/ Matthias Baumel (FRA). Em sexto lugar na geral dos carros ficaram o português Carlos Souza e o francês Mattias Baumel, na nona colocação na classificação final vieram o argentino Orlando Terranova com o francês Pascal Maimon. Os portugueses Miguel Barbosa e Miguel Ramalho asseguraram a 12º posição e logo depois vieram os franceses Nicolas Misslin e Jean Polato, em 13º na geral.

Amanhã (17/01) os grandes vencedores do Dakar poderão sentir mais uma vez o carinho do povo argentino pelo esporte. O pódio será montado no Obelisco, em Buenos Aires, e o público local apaixonado por velocidade poderá celebrar o término de mais um Dakar ao lado dos campeões. O início está previsto às 9h50min (horário local) e às 10h50min (horário de Brasília). A premiação dos carros está prevista para começar às 12h28min (horário local) e 13h28min (horário de Brasília).

CLASSIFICAÇÃO FINAL DOS CARROS DO RALLY DAKAR 2010
1) Sainz/Cruz (ESP) -47h10min00s
2) Al Attiayah (CAT)/ Gotschalk (ALE) - 47h12min12s
3) Miller (EUA)/ Pitchford (ZAF) - 47h42min51s
10)Guilherme Spinelli (BRA)/Filipe Palmeiro (POR) - 53h23min41s

RESULTADOS DA 14ª ETAPA

1) Al Attiayah (CAT)/ Gotschalk (ALE) - 1h19min42s
2)Sainz/Cruz (ESP) - 1h20min18s
3) Guerlain Chicherit (FRA)/ Maria Cristina Thoerner (SUI) -1h20min25s
13)Guilherme Spinelli (BRA)/Filipe Palmeiro (POR) - 1h24min50s

Carlos Sousa é o melhor dos não-oficiais no final da 32ª edição do Dakar


Melhor privado, melhor gasolina, melhor Mitsubishi e melhor português à chegada
Sexto lugar final corresponde ao seu quarto melhor resultado de sempre num Dakar


Precisamente no dia em que comemora o 44º aniversário, a confirmação de um resultado que
premeia o talento e uma actuação a todos os títulos brilhante... Em estreia no figurino sul-americano do Dakar, Carlos Sousa logrou ser o sexto classificado. Mas mais importante do que o resultado à geral, destaque para o facto de ter sido o primeiro piloto não-oficial e o único a impedir que as formações da Volkswagen e BMW monopolizassem o top-6 da classificação final. Com motivos pessoais e desportivos que justificam os festejos à chegada a Buenos Aires, Carlos Sousa volta a provar o porquê de ser considerado o melhor piloto nacional da história da disciplina e um dos melhores do mundo na actualidade…

“Está feito!”
– exclamou Carlos Sousa, minutos depois de concluir a sua 12ª participação no maior e mais difícil rali do mundo. “É um orgulho poder estar novamente à chegada de um Dakar e partilhar esta atmosfera única. Sinto que fiz uma excelente prova face a todos os condicionalismos com que iniciei esta edição. E o resultado final – o sexto lugar – deixa-me orgulhoso a todos os níveis, com a plena satisfação do dever cumprido. Sinceramente, acho que era impossível aspirar a melhor”, destacou ainda o piloto, já em jeito de balanço a estas duas semanas de prova.

Para trás, ficaram nada menos do que nove mil quilómetros de percurso total e quase 4.800 disputados contra o cronómetro, distribuídos por 14 etapas e os mais variados tipos de terreno: 939 quilómetros de dunas, 3.178 de pistas em terra e 689 de caminhos em… pedras.

Provando a sua dureza e o epíteto de “maior rali do mundo”, o Argentina-Chile Dakar 2010 deixou pelo caminho quase 50 por cento dos 362 participantes que se apresentaram à partida, em Buenos Aires, no passado dia 1 de Janeiro. Hoje, no regresso à capital do país das Pampas, o pelotão já só era constituído por 57 automóveis (largaram 134), 88 motos (contra 151), 14 quads (25 à partida) e 28 camiões (dos 52 iniciais).

Protagonizando uma prova em crescendo e fazendo uso da sua enorme experiência e impressionante
regularidade, Carlos Sousa apenas por um dia (logo o primeiro) se viu afastado de um lugar no top-10 da geral – o objectivo que estipulou à partida para esta edição. E mesmo aí, num 11º lugar, a escassos 14 segundos de diferença do décimo…

Em compensação, “saltou” para sétimo logo a partir da segunda etapa, para na seguinte chegar a sexto, dois dias depois a quinto e logo de seguida a quarto da geral, igualando provisoriamente a sua melhor classificação de sempre num Dakar. Após uma “complicada” sétima especial, mesmo na véspera do dia de descanso, o português ainda regressou ao sétimo posto durante dois dias, para a partir da nona etapa se fixar, em definitivo, no sexto lugar da classificação.

Mas mais do que o resultado à geral – o seu quarto melhor de sempre em 12 edições (já tinha sido quarto em 2003 e quinto em 2001 e 2002) e sétimo da carreira incluído no top-10 final –, o principal aspecto a ressalvar é mesmo o facto de Carlos Sousa ter sido o único a conseguir imiscuir-se na luta de gigantes que opôs as duas equipas oficiais do pelotão. Basta ver que deixou a quase 50 minutos o Race Touareg de Giniel de Villiers – apenas e só, o vencedor da última edição do Dakar – e que ficou a apenas 29 minutos de uma presença no top-5 final. Talvez com um restritor normal, talvez sem aquela hora perdida na sétima especial…

“O PRIMEIRO DOS OUTROS”

Primeiro piloto não-oficial, vencedor da categoria reservada aos carros a gasolina, melhor Mitsubishi e melhor português na corrida automóvel (com 2h49m de avanço para o segundo melhor piloto luso), Carlos Sousa tem realmente motivos de sobra para fazer um balanço altamente positivo desta participação: “Para quem estava afastado da competição há seis meses, não disputava um Dakar há três anos e não conhecia o actual figurino sul-americano, é claro que o resultado final superou as minhas melhores expectativas. Mais a mais, tive de adaptar-me a um novo navegador e a uma nova motorização no Racing Lancer… Mas é evidente que a maior limitação esteve no facto de partirmos para esta prova com um injusto e insólito ‘handicap’ no nosso carro, prejudicando sobremaneira a nossa performance nas etapas mais rápidas, sobretudo ao nível da velocidade de ponta”, lamentou o piloto, hoje a comemorar o seu 44º aniversário.

“Aliás, isso foi hoje mais uma vez perfeitamente visível. Quase parecia o carro-vassoura, com toda a gente a ultrapassar-me em pista. Rectas, rectas e mais rectas e o pedal quase sempre a fundo. Pouco mais havia a fazer na especial de hoje. Enfim, o resultado de hoje não foi brilhante, mas o principal já estava feito. À nossa frente terminaram apenas cinco carros oficiais, três da Volkswagen e dois da BMW, e todos diesel… Julgo que é importante reflectir neste aspecto e ponderar uma eventual presença em 2011 numa viatura diesel. Para já, contudo, é tempo de festejar e saborear esta excelente classificação. Amanhã (domingo) acredito que vamos ter um fim de festa em grande no pódio de Buenos Aires. E se hoje sou eu a fazer anos, amanhã é a vez de o Matthieu (Baumel) comemorar o seu aniversário. Na verdade, também ele está de parabéns pela magnífica prova que realizou”, conclui Carlos Sousa.


CLASSIFICAÇÃO ETAPA 14
1º Al-Attiyah VW 1h19m42s
2º Sainz VW + 36s
3º Chichérit BMW + 43s
4º Peterhansel BMW + 1m08s
5º Miller VW + 1m39s
(…)
15º SOUSA Mitsubishi + 5m49s

GERAL FINAL
1º Sainz VW 47h10m00s
2º Al-Attiyah VW + 2m12s
3º Miller VW + 32m51s
4º Peterhansel BMW + 2h17m21s
5º Chichérit BMW + 4h02m49s
6º SOUSA Mitsubishi + 4h31m45s

"Two-areg": Volkswagen defendeu o título com o 1º, 2º e 3º


Two-areg: Volkswagen defends "Dakar" title with one-two-three
Triumphant title defence in South America: Volkswagen has won the legendary Dakar Rally for the second time in succession and including 1980 for a third time. After a ‘showdown in blue’ the Volkswagen duos and their TDI powered Race Touareg prototypes celebrated a one-two-three podium lockout at the finish of the toughest challenge worldwide in motorsport. In the process, Carlos Sainz/Lucas Cruz (E/E) triumphed by only 2 minutes 12 seconds ahead of his team mates Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk (Q/D) in a thrilling finale on the closing 202 kilometre sprint on the 14th and final rally day. Mark Miller/Ralph Pitchford (USA/ZA) claimed third position. Last year’s winners Giniel de Villiers/Dirk von Zitzewitz (ZA/D) finished seventh.

"I’m incredibly proud of our team. It’s stunning what the drivers, co-drivers and the entire team have achieved on every single day of the Dakar Rally. With this one-two-three triumph Volkswagen Motorsport even surpassed its own lofty goals,” says Dr. rer. pol. h. c. Francisco Javier Garcia Sanz, Member of the Board of Management at VOLKSWAGEN AG for procurement, at the finish of the final stage. Volkswagen Motorsport Director Kris Nissen explains: "Three weeks ago a highly motivated Volkswagen team came with the goal of successfully defending the ‘Dakar’ title won last year. Volkswagen has achieved something historical with this one-two-three. We are not only unbeaten in South America, we are also the only manufacturer to have won the world’s hardest rally up to now with diesel technology. The Volkswagen drivers fought amongst themselves for victory all the way to the chequered flag – sometimes by hard but fair means. This is exactly how we imagine motorsport to be. My congratulations therefore go to every Volkswagen duo who would all have been worthy winners.”

The Wolfsburg based brand therefore remains the only manufacturer to have won the car category of the Dakar Rally with diesel power. TDI technology was already dominant in 2009 in Argentina and Chile. In addition to the efficiency of the Volkswagen Group’s diesel direct injection technology the Race Touareg’s reliability was the key to the 2010 "Dakar” victory: Despite the extreme demands the powerful 300 hp Race Touareg proved to be not only the most robust, but also the fastest vehicle: Seven of 14 possible stage victories and eleven days in the lead were credited to the four-wheel drive racers from Wolfsburg.

The result of the rally kept observers and fans alike on tenterhooks up to the finish line: Carlos Sainz/Lucas Cruz, Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk and Mark Miller/Ralph Pitchford led in this order since the fifth Dakar Rally stage. However, at no point did any driver duo have an unassailable lead. In a strong final burst Al-Attiyah/Gottschalk edged ever closer, repeatedly taking seconds from their Volkswagen team mates Sainz/Cruz and, in doing so, staged an open and hard but fair duel for the leading position. The Qatari/German duo made up ground specifically in the dune sections – which once again formed one of the "Dakar’s” core elements – while the Spanish duo Sainz/Cruz controlled proceedings on the fast, twisty gravel sections.

As varied as the fight in the overall standings was – two stage wins went to Sainz/Cruz, four to Al-Attiyah/Gottschalk, one to Miller/Pitchford –, so challenging proved the 32nd running of the Dakar Rally: In addition to the varied stages across soft, in part powder-like sand and through towering and endless dune fields of the Atacama Desert in northern Chile there were also gravel sections and tracks through enormous boulder fields on the agenda. The multi-faceted acid test with its terrain changing several times a day, two Andes crossings, passages through the world’s driest desert, the Atacama, as well as parts of the legendary Pampa was mastered brilliantly by the Volkswagen Race Touareg. One Race Touareg was always found in the top-three of each stage at the finish, 27 of a possible 42 top-three positions on the 14 stages went to Wolfsburg.

For the new "Dakar” champions Carlos Sainz and Lucas Cruz a winning streak continued in front of millions of fans lining the daily stages in Argentina and Chile. As newly formed duo in the Volkswagen Race Touareg the Spanish pair remained unbeaten in their third competition together and secured a new superlative in "Dakar” history: Never before have two Spaniards won the legendary desert rally’s automobile category. Sainz/Cruz had previously won the Rallye dos Sertões in June and July 2009 as well as the Silk Way Rally in September 2009.

The Volkswagen statistics in cross country rallying make for equally impressive reading: The Wolfsburg based brand is unbeaten since January 2009 and with its second "Dakar” triumph since 2009 continues the Volkswagen Group’s success story with TDI technology: After Audi’s Le Mans victories between 2006 and 2008 and winning the World Touring Car Championship with SEAT in 2008 and 2009, Volkswagen has been successful at the "Dakar” in 2009 and 2010 thanks to TDI Power.

#300 – Giniel de Villiers (ZA), 7th position overall
"The operation ‘title defence’ was already over on the third day of the rally for my co-driver Dirk von Zitzewitz and I when we lost several hours due to an electrical problem after an end-over-end. From then on we put ourselves at the service of the team, as others also did for us in 2009. This is natural. First, second and third – this is an exceptional result for Volkswagen. Everybody in the squad deserved victory. Without question it is the best team in the world.”

#300 – Dirk von Zitzewitz (D), co-driver
"The 2010 Dakar Rally was once again an exciting ‘Dakar’. The enthusiasm shown by the spectators in Chile especially, however, in Argentina never ceases to amaze me. Incredible just how much you are spurred on. From the sporting point of view the ‘Dakar’ did not run particularly well for Giniel and I, as we already had to bury our thoughts of victory early on, and worked for the team from then on. Even though it was technically very tough on the material, I didn’t find this ‘Dakar’ as demanding from the sporting side as 2009.”

#303 – Carlos Sainz (E), 1st position overall

"I have fulfilled a dream by winning the ‘Dakar’. An enormous weight has fallen from my shoulders particularly as the fight for victory was extremely hard both physically and enormously exhausting mentally. I’m incredibly happy to have achieved this goal after having been so close to victory on several occasions. Everything ran perfectly for me: My co-driver Lucas Cruz did an excellent job, from the technical side the Race Touareg ran like clockwork and the entire Volkswagen squad worked tirelessly for the win. Thank you for this.”

#303 – Lucas Cruz (E), co-driver
"After so much pressure over the last few days it goes without saying that I’m incredibly happy on the day of my first ‘Dakar’ victory. I think we have beaten tough competitors and also one of the hardest ‘Dakar’s’ ever. The tracks were varied and a new and great challenge every day, even though every stage wasn’t at the same level. Carlos approached his job throughout the entire event patiently, concentrated but also with great tenacity. He is a great champion, it’s fantastic to win with him.”

#305 – Mark Miller (USA), 3rd position overall
"A great rally for us and for the entire Volkswagen team, which did an excellent job. It deserved to celebrate on the podium with three cars. It was small things that made the difference between winning and third place. I salute Carlos Sainz who drove almost faultless and who made the least amount of mistakes. It’s just these small things that make the difference. My goal is to be better with the details in the future.”

#305 – Ralph Pitchford (ZA), co-driver
"This ‘Dakar’ was hard, harder than the last year’s event. To have taken third place behind two team mates and against the strong competition posed by X-raid BMW, Hummer and Mitsubishi is a genuine success, even though our great dream of winning the ‘Dakar’ was not fulfilled. However, this rally is relentless and immediately penalises the smallest error. There is, however, no reason to regret having not achieved a better result – since finishing in the top three with such a strong team is sufficient reward.”

#306 – Nasser Al-Attiyah (Q), 2nd position overall

"On the one hand it goes without saying that it’s tough to have just missed winning the ‘Dakar’. However, on the other hand, I got the chance with Volkswagen to live my ‘Dakar’ dream all the way to the finish line, for which I am thankful. I feel completely at home in this team and look forward to every day with the squad. Carlos Sainz is a worthy winner and a real champion. Second place behind him is a fantastic result. Now I’m looking forward to challenge him at the forthcoming ‘Dakar’.”

#306 – Timo Gottschalk (D), co-driver

"Those were the two hardest weeks of my life, particularly mentally. With such a strong driver alongside, like Nasser Al-Attiyah is, I wanted to do my stuff as best as I possibly could. We went through many highs and lows together during this ‘Dakar’. All in all I’m extremely happy with the result. We demonstrated what we can do and that we are ready to win the ‘Dakar’. To lose to such an exceptional driver like Carlos Sainz in such a close battle is – I think – respectable.”

#312 – Maurício Neves (BR), retired
"Unfortunately the ‘Dakar’ dream for Clécio Maestrelli and I ended much too early. On the sixth stage we didn’t see a pothole and rolled several times. I broke four ribs in the process. However, it sounds worse than it is, because in view of the severity of the accident I escaped with light injuries thanks to the robustness of the Race Touareg. Shame for the team for whose work arriving at the finish in Buenos Aires would have been a fantastic reward.”

#312 – Clécio Maestrelli (BR), co-driver
"It’s a shame that we retired so early. The Dakar Rally was a fantastic experience and we really enjoyed the days before our accident. My thanks go to the Volkswagen squad who gave us this chance.”


Number of the day
The 14th and final stage of the Dakar Rally produced the fastest average speed on a stage during the 2010 event. The average speed of stage winner Al-Attiyah was 152.070 km/h.


Final standings after stage 14, Santa Rosa (RA)–Buenos Aires (RA); 202/707 km SS/total

Pos.; Team; Vehicle; Leg 14; Total time

1 Carlos Sainz/Lucas Cruz (E/E) Volkswagen Race Touareg 2 1h 20m 18s (2) 47h 10m 00s
2 Nasser Al-Attiyah/Timo Gottschalk (Q/D) Volkswagen Race Touareg 2 1h 19m 42s (1) + 2m 12s
3 Mark Miller/Ralph Pitchford (USA/ZA) Volkswagen Race Touareg 2 1h 21m 21s (5) + 32m 51s
4 Stéphane Peterhansel/Jean-P. Cottret (F/F) BMW X3 CC 1h 20m 50s (4) + 2h 17m 21s
5 Guerlain Chicherit/Tina Thörner (F/S) BMW X3 CC 1h 20m 25s (3) + 4h 02m 49s
6 Carlos Sousa/Matthieu Baumel (P/F) Mitsubishi Racing Lancer 1h 25m 31s (15) + 4h 31m 45s
7 Giniel de Villiers/Dirk von Zitzewitz (ZA/D) Volkswagen Race Touareg 2 1h 21m 23s (6) + 5h 10m 19s
8 Robby Gordon/Andy Grider (USA/USA) Hummer 1h 21m 40s (7) + 6h 02m 24s
9 Orlando Terranova/Pascal Maimon (RA/F) Mitsubishi Racing Lancer 1h 22m 10s (8) + 6h 04m 47s
10 Guilherme Spinelli/Filipe Palmeiro (BR/P) Mitsubishi Racing Lancer 1h 24m 50s (13) + 6h 13m 41s